quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Heranças nossas




Herança é bom. Além de simbolizar o desapego que a gente devia carregar em todos os momentos da vida, é o mais puro exemplo de energia transformada. Eu adorei passar pra frente o incrível guarda-roupa do Marquinhos, os brinquedinhos eletrônicos dele, a coleção de Pumas. Os livros, esses eu herdei todos!

Há algum tempo, eu vivi a alegria da herança estando do outro lado. A Ju estava prestes a nascer quando chegou de surpresa lá em casa a Mariana (Scalzo) com um presentão. Ela tinha acabado de fazer em família uma enorme arrumação na biblioteca que o pai dela deixou (Nilo Scalzo, que não conheci, mas sobre quem ouvi coisas lindas!). A maior parte foi doada para uma escola e serviu como pontapé para criação de uma biblioteca pública. Outras coisas, ela separou para os amigos. Não foi uma escolha planejada. Os livros saltavam na frente da Mariana e escolhiam seus donos, segunda ela mesma me contou.

Eu tive a sorte de ganhar duas raridades que, realmente, tinham que ser minhas: a primeira edição de “Nove, Novena”, de Osman Lins, com direito a dedicatória assinada pelo autor em 1969; e um exemplar da segunda edição de “Marinheiro de primeira viagem”, também de Osman Lins (de 1980), esse com um cartão/dedicatória assinado pela mulher do Osman, a também escritora Julieta de Godoy Ladeira.
Os livros ganharam um espaço de destaque na minha pequena, porém apaixonante biblioteca. Estão no rol dos livros com passado. É energia renovada, até que virem, mais uma vez, herança e continuem suas histórias em outra praça...

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa biblioteca vai se encher de livros de uma certa Marta Barbosa!

Andréia Nunes disse...

Prima!

Criei um blog. Passa lá de deixa seu aval. Beijoo

Déa.

www.papodecururu.blogspot.com