Recebo ótimas sugestões de leitura (e livros de presente) com uma frequencia cada vez maior. Muita coisa eu gosto mesmo, principalmente quando tem amigo entre os autores. Tudo que é bom (e é muita coisa) junto numa pilha para um dia repassar aqui no blog, mas o tempo passa. Agora resolvi desovar essa lista. Vai devagar, mas vai.Coisa boa, Sônia Barros (Moderna)
Esse livro chegou com uma carta (sim, daquelas escritas à mão) e uma foto do Bruno, filho da Sônia, que me deixaram emocionada. Um texto sensível como a autora é pessoalmente. Fala das coisas boas, não necessariamente espetaculares, que a vida tem. Tipo “acordar todo risonho lembrando as aventuras de um sonho” e “um jantar quentinho ao lado de quem gosta de mim”. As ilustrações, leves, quase flutuantes, são de Elisabeth Teixeira. Adoro a simplicidade e o cuidado com as palavras da Sônia. Julia será uma grande leitora dela.Los Opuestoros, Sebastián Garcia Schnetzer (Zorro Rojo e Brosquil, Espanha)
“Libros Del Zorro Rojo”, até onde eu entendo, é um selo espanhol de livros ilustrados. Meus amados Marta e Ale fazem parte desse selo, que é de Barcelona, e foi deles que ganhei (quer dizer, Julia ganhou) “Los Opuestoros”, de Sebastián Garcia Schnetzer (irmão de Alejandro). Desenho lindo, texto sensível, relações opostas que fazem crianças e adultos pensarem. Um livro muito espanhol , a começar pelo touros como personagens, mas de temática universal: não é que a gente precisa respeitar o diferente. A gente precisa é valorizar o diferente, porque ser igual é muito chato!
A cabeça do futebol, vários autores (Casa das Musas)
Humberto Werneck sabe de muita coisa, muita mesmo, mas futebol definitivamente não é seu forte. E o que faz ele, então, num livro que reúne crônicas sobre o esporte (que eu adoro!)? Bom, ele escreve sobre sua ignorância futebolística – e arrasa, como de costume. Seu “Foi corner ou escanteio?” é um dos pontos altos do livro (lançado pela Casa das Musas). Mas também tem ótimos textos Samarone Lima (que eu não ouvia falar há séculos), Xico Sá, Raimundo Carrero e outros tantos.
Freak Brothers, Shelton (li a edição de La Cúpula, Espanha)

Dá até vergonha dizer isso, mas eu só li o primeiro de Shelton dias atrás. Não sou muito de comics, mas agora estou bem afim de descobrir mais. Os Freak Brothers foram criados nos anos 1960 e hoje são cultuados como clássico. Uma delícia de retrato da contracultura americana, cheia de críticas aos modelos de sociedade. Tudo sempre com ironia que faz o texto transcender sua época . São três amigos maconheiros (Fat Freddy é impagável!) que se aventuram sem muito sentido pelo mundo. Leitura boa para todos, principalmente quem se leva muito a sério. Eu li os números 8 e 11.
Por enquanto, são essas. Mas já tem uma pilha para o próximo post.