tag:blogger.com,1999:blog-48938650052884841222024-03-20T20:33:05.732-07:00Voo luminoso de alma sonhadoraMartahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-63423995535341476402011-06-05T15:05:00.000-07:002011-06-05T15:30:06.215-07:00Um Dia de David Nicholls<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzuRCpC_i4SaB-uoN6jBYcASraxTap2jc-2m6lPSNaehaPMKl30B-rwJ8OK_c7dKAUtPjRi4MjSzOF0anpqGjkvOCvOQunPD52PAtyLmTDz_HR48a9w4VgeuIpOsjklkAiv0pALj1_cJQ/s1600/DSC02581.JPG"><span style="font-family:Verdana;color:#000000;"></span><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614861425070221746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzuRCpC_i4SaB-uoN6jBYcASraxTap2jc-2m6lPSNaehaPMKl30B-rwJ8OK_c7dKAUtPjRi4MjSzOF0anpqGjkvOCvOQunPD52PAtyLmTDz_HR48a9w4VgeuIpOsjklkAiv0pALj1_cJQ/s200/DSC02581.JPG" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">(Por do sol em Lisboa, março de 2011: minha interpretação visual de um dia)</span><br /></span><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span></div><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;">Uma coisa que gosto muito na tarefa de resenhar livros é quando, durante a leitura, encontro a chave do enredo. Uma frase, um diálogo, um desfecho de capítulo que resume a intenção narrativa. Foi bom quando, na página 318, encontrei a “chave” de “Um dia”, de David Nicholls – super best seller internacional. Resenha no UOL:<br /><br /><a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/livro-que-originou-filme-com-anne-hathaway-um-dia-e-relato-espirituoso-sobre-o-tempo.jhtm">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/livro-que-originou-filme-com-anne-hathaway-um-dia-e-relato-espirituoso-sobre-o-tempo.jhtm</a></span></div><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;"><br />Foram três noites indo dormir pensando se a história de Emma e Dexter era ou não de amor. E só depois de ler mais de 300 páginas, entendi se tratar de uma história sobre o tempo. Talvez o tempo do amor, mas acima de tudo sobre o tempo.<br /><br />“Quando eu era mais jovem tudo parecia possível. Agora nada parece possível”, diz Dexter aos 35 anos a Emma, “para quem o oposto tinha provado ser verdade.” Dexter acaba de perceber sua precoce e fútil carreira na televisão desandar, ao mesmo tempo em que sente seu sucesso com as mulheres ameaçado.<br /><br />Por que o tempo é tão amigo de uns e tão inimigo de outros? Ou, como no caso dos dois personagens do livro, por que a vida parece ser ascendente para uns e descendente para outros? Boa pergunta, heim. O melhor já passou ou o melhor estar por vir?<br /><br />Eu não tenho dúvida: o melhor estar por vir, sempre. E nunca será suficiente, se Deus quiser. Mas mesmo Emma, que fica mais bonita e bem sucedida com o passar dos anos, não abandona sua postura insegura. A mesma postura que, em outras proporções, a deteve no papel de uma jovem sem graça e sem talento.<br /><br />Bom, mas ninguém disse que Emma era uma heroína. Aliás, não precisa muito esforço para detestar Dexter e perder a paciência com Emma.<br /><br />Entre Dex e Em se estabelece uma relação romântica desastrosa e frustrante. Um bom exemplo na literatura do ”amor líquido” que trata Bauman. Por mais que esteja evidente uma força sólida (e racional) que os aproxima (encontros marcados, tentativas de reaproximação e recordações que persistem por 20 anos), está claro que a vida continua apesar da ausência, e isso exige molejo nas adaptações.<br /><br />Em 20 anos:<br />Dexter coleciona casos fúteis, casa, descasa, se desmantela apaixonado por outra diante de Emma.<br />Emma casa, descasa, esquece o significado de uma relação, mas não se deixa esquecer aquela primeira noite com Dexter, um dia após a formatura.<br /><br />“Às vezes você percebe quando os seus grandes momentos estão acontecendo, às vezes eles surgem do passado. Talvez seja a mesma coisa com as pessoas” – James Salter, Burning the Days.<br /><br />Por duas décadas, Dex e Em tentam recuperar a magia da primeira noite. Mas o tempo de um nunca é o tempo do outro.<br /><br />Fora que Nicholls é um cronista do contemporâneo, e boa parte da história está ambientada em Londres e eu amo tudo isso. Como o trecho em que Emma cogita um ato de rebeldia com o celular que ganhara do amante. “E por um instante Emma pensa em como seria bom atirar aquele maldito aparelho no Tâmisa, ver o telefone atingir a água como um tijolo. Mas antes teria de retirar o chip, o que de certa forma mataria o simbolismo, e esse tipo de gesto dramático só funciona em filmes e na TV. Além do mais, ela não teria dinheiro para comprar outro aparelho.”</span></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-38575034256195443332011-03-02T19:50:00.000-08:002011-03-02T20:05:55.674-08:00Mi Buenos Aires<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZTOE2L1iNIOBlb7JDNEQtks-N-XdVpgjqxwkkLyEncXfhce-ESEfhr50vE10j3BEaHTPfjs6AzaF84mumS1izRCjnNs8sDJDun76DkSVHpNw57ZkjtQxfxkC64nOWBYR9lyvgw6zh8U/s1600/DSC02269.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579699038968823090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZTOE2L1iNIOBlb7JDNEQtks-N-XdVpgjqxwkkLyEncXfhce-ESEfhr50vE10j3BEaHTPfjs6AzaF84mumS1izRCjnNs8sDJDun76DkSVHpNw57ZkjtQxfxkC64nOWBYR9lyvgw6zh8U/s200/DSC02269.JPG" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJcBWEJ1gNV07KxOSKQ0DftaoVooZ4HMQaiQ0Gh3da4plyvAu92N8ZUH4cNscsiJSSW1E6CwFwyDp0QB7-gtPYBdBUm_ttv5p2GMJzYNAt51YHzj9O89ILKdmzBLGK-fRR3xLVaBwlZwY/s1600/DSC02257.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579699034448801170" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJcBWEJ1gNV07KxOSKQ0DftaoVooZ4HMQaiQ0Gh3da4plyvAu92N8ZUH4cNscsiJSSW1E6CwFwyDp0QB7-gtPYBdBUm_ttv5p2GMJzYNAt51YHzj9O89ILKdmzBLGK-fRR3xLVaBwlZwY/s200/DSC02257.JPG" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iYrh0CwM1LC3tCE2hyphenhyphenrsAmV_5kRZ8LYl6CBeqAvUFLbWckDWqYThm1bGc_h5WTuXZbadK8DeHrP6zUv9howG2DCkXTYvkst63yrMHBNcAbaelcLUqFf0-kwnSKlmSC906MGucGmhpFQ/s1600/DSC02236.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5579699030942850050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0iYrh0CwM1LC3tCE2hyphenhyphenrsAmV_5kRZ8LYl6CBeqAvUFLbWckDWqYThm1bGc_h5WTuXZbadK8DeHrP6zUv9howG2DCkXTYvkst63yrMHBNcAbaelcLUqFf0-kwnSKlmSC906MGucGmhpFQ/s200/DSC02236.JPG" /></a><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;">Enfim conheci Buenos Aires. “Eu tava me devendo” uma ida até lá de tanto ouvir gente de todos os lados dizendo que a cidade é muito legal. E é mesmo. Tem um monte de coisa melhor que em São Paulo, a começar pela quantidade de parques e terracitas delícia e lugar para correr ou andar de patins e livrarias gostosas e vinho barato. Só para começar.<br /><br />Fui sem roteiro, pulei um monte de ponto turístico (eu não vi aquele caminito, por exemplo) e tive uns dias muito agradáveis basicamente entre três bairros. No pique de arte urbana, fui direto atrás de graffiti. Não precisei ir muito longe do hotel, em Palermo, para ver muita coisa boa na rua. E também por ali descobri duas galerias, segundo os locais as únicas, mas só visitei uma. Suficiente para conhecer uma cena muito bacana, inclusive com intercâmbio com Brasil.<br /><br />Agora mesmo (e até final de março), o trabalho do gaúcho Carlos Dias está exposto na Hollywood in Cambodia, que fica em Palermo. Foi lá também que eu comprei um lindo stencil amarelo de um portenho que assina Stencil Land e que em breve colorirá minha sala. Também gostei muito do que vi de Run Dont Walk.<br /><br />Chamou minha atenção como os argentinos que riscam as ruas de Buenos Aires estão afinados com a palavra. Fotografei ótimas frases na rua - “racionalismo te amo” foi a minha preferida. Muy argentino, no?<br /><br />Também fui no Malba, onde vi coisas ótimas entre as novíssimas aquisições. Algumas na velha e boa tela (que nem livro - todo mundo diz que vai acabar, mas é óbvioooo que acaba nada!). Jamais esquecerei do olhar no autorretrato (2008) de Nicola Constantino. Inquietante também “Miriam Se Pone Leprosa” (1961), de Sammer Makarius, um egípcio que morou em Buenos Aires até morrer em 2009. E, por último, Adriana Bastos e a fusão entre pintura e fotografia com que um quê de Frida.<br /><br />p.s.: das coisas que eu não gostei em Buenos Aires estão o zero espaço dado ao cinema local (Cinemark reina – certeza no Verdi de Barcelona passa mais filme argentino que em BsAs inteira) e o gosto da coca light (“imbebível”, se é que vocês me entendem).<br />Mais em hollywoodincambodia.com.ar e graffitimundo.com</span></div></div></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-1053972536916958472011-01-17T13:22:00.000-08:002011-01-17T13:26:48.435-08:00Fora de nós 3<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLovXjmRl8i4VPyjgefcNhc0gZ6xOjdxKP4gI4etmPclKCjBKRCZiagNoer3YlTuJvMXBP-szED7BG6j9zEAdOc5fBSt2B9K7TsCNym0lbco5T6EufGTIxY0_yCGQreMvcnxTeLwxsDDo/s1600/webFora-de-mim2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 134px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5563269336671662946" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLovXjmRl8i4VPyjgefcNhc0gZ6xOjdxKP4gI4etmPclKCjBKRCZiagNoer3YlTuJvMXBP-szED7BG6j9zEAdOc5fBSt2B9K7TsCNym0lbco5T6EufGTIxY0_yCGQreMvcnxTeLwxsDDo/s200/webFora-de-mim2.jpg" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Ler é um ato solitário. É preciso se distanciar da realidade, o que inclui as pessoas, para tirar proveito do grande barato da leitura: a liberdade de construir as próprias imagens, de interpretar por sua conta. Tudo isso é bom, mas preciso admitir que muitas vezes, no meio de um trecho apaixonante, sinto falta de alguém do meu lado sentindo o mesmo, como quem assiste junto a um filme. Faz falta olhar para o lado e repartir, nem que seja com um olhar.<br /><br />Na semana passada, consegui até mais que isso. Primeiro a Beta, uma amiga top five, comprou o livro que eu estava lendo: “Fora de Mim”, de Martha Medeiros (editora Objetiva). Surpresas ficamos as duas quando outra querida, a Bianca, disse que tinha começado a ler o mesmo livro na noite anterior. Foram dois ou três dias em que nossos encontros no trabalho começavam com a frase: “e ai, leu até que página?”.<br /><br />Senti como se fizesse parte dos antigos e meio fora de moda clubes de leitura, dividindo as impressões. Acertamos na escolha do título: um livro sensível, tomado de referências ao universo feminino. Para mim, a autora monta um delicado mosaico do amor, pelo ponto de vista de uma personagem encantadora, que traz pedaços de muitas mulheres (meu, da Beta e da Bi, com certeza).<br /><br />Foi tão doce essa experiência que pedi para cada uma delas escrever 500 toques que fosse sobre o livro. A resenha “oficial” está no UOL (link abaixo). Aqui, apenas umas palavras de três mulheres que conhecem o amor.<br /><br /><strong>Por Marta</strong><br />A personagem de Martha Medeiros confidencia o desejo de viver apaixonada dos 14 aos 89 anos. Deseja, acima de tudo, que a vida seja intensa, lhe surpreenda, lhe tire da lógica um milhão de vezes, e nunca lhe obrigue viver uma relação sem paixão. Quer a intensidade do frio na barriga, da espera torturante por uma ligação, da alegria infantil de se sentir desejada. “O amor é uma subversão, e seu vigor nunca será encontrado em amizades ou parentescos”, escreve a mulher, para logo concluir: “Amar prescinde de entendimento. Por isso não sei amar, porque sou viciada em entender”.<br /><br /><strong>Por Beta</strong><br />pathwork de amores comuns. para iniciantes, iniciados ou viciados. características corriqueiras bem construídas ativam a memória do leitor. é gostoso, leve. a todo momento me lembrei de alguém. me apaixonei por todos, que bom. e dividi meus dias assim: de segunda a quarta, fora de mim. durante o resto da semana, o que será que me dá?<br />http://www.youtube.com/watch?v=Fy8LsPj0Nw8<br /><br /><strong>Por Bianca<br /></strong>Quem nunca esteve fora de si? Quem nunca chorou por um amor perdido? Eu já. Aos meu vinte e poucos anos devo dizer que já gastei alguns litros de lágrimas com alguém que passou pela porta de minha casa e nunca mais voltou. Mais que isso, solucei, tremi, dormi, me desesperei achando que aquela dor nunca iria passar. E, esperei que ele voltasse por alguns longos meses. Quem já leu “Fora de Mim” - de Martha Medeiros – deve estar achando que meu relato é um plágio de parte da obra. Mas não. Eu me vi no lugar da personagem por alguns momentos. E posso afirmar que leitora alguma passará ilesa sem comparar a história do livro (ou parte dela) com algum episódio de sua vida. A personagem (com seus mais de 40 anos) sofre por ter perdido um amor avassalador, que sequer a fez sorrir ou ter paz. Mas, para ela que acabara de sair de um relacionamento pacato que durou 16 anos, viver intensamente era o mais importante. Tanto que, ela foge de compromissos pelos quais já vivenciou enquanto foi casada. Ela não quer se prender. Não quer chegar em casa e se deparar com um homem no sofá esperando que ela sirva o jantar. Definitivamente, ela quer amar, se envolver, se entregar. Não para um homem, mas para sua própria vida. Quer viver pela primeira vez, mesmo que custem algumas lágrimas. </span><br /><br /><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">No UOL: <a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/em-fora-de-mim-martha-medeiros-desbrava-fossa-de-mulher-que-perde-grande-amor.jhtm">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/em-fora-de-mim-martha-medeiros-desbrava-fossa-de-mulher-que-perde-grande-amor.jhtm</a></span></p><br /><p><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br /></p></span></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-22738353139611003442010-11-04T08:22:00.000-07:002010-11-04T08:25:34.758-07:00Cores da sorte!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OMqOG7KJzJPOnr_ASXUpUWaVNhphA6T7WSH9AZMZ9uTOObt09MnuwPEqE5kVJUrrFkrKD7V0vWdr-PqJ0Pdg3EqREtFl_DbRNyDfJm9NE8BAq9-xDtbs-SDe4X3fytQn5omBu9O9wcw/s1600/carrosamarelos.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 120px; DISPLAY: block; HEIGHT: 120px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5535715620059027634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1OMqOG7KJzJPOnr_ASXUpUWaVNhphA6T7WSH9AZMZ9uTOObt09MnuwPEqE5kVJUrrFkrKD7V0vWdr-PqJ0Pdg3EqREtFl_DbRNyDfJm9NE8BAq9-xDtbs-SDe4X3fytQn5omBu9O9wcw/s200/carrosamarelos.bmp" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Essa eu preciso dividir. Terminei hoje a leitura de “Cavala”, de Sérgio Tavares (Record) – vencedor do Prêmio Sesc 2009 categoria contos. Nem li os outros concorrentes, mas posso garantir que esse livro merece o destaque. Gostei muito – a resenha vocês poderão ler no UOL a partir de domingo.<br /><br />No principal e melhor dos contos, que dá nome ao livro, uma ex-modelo, ex-atriz psicótica e prestes a cometer uma insanidade das grossas flerta com suas neuroses. Numa delas, ela relaciona a cor dos carros que enxerga na rua com a sorte ou o azar daquele dia. Um carro vermelho, uma coisa muito ruim vai acontecer. Dois carros vermelhos, uma coisa muito muito ruim. Três, algo muito muito muito ruim. E só uma coisa poderia anular o efeito negativo num dia de três carros vermelhos em sequencia: o mesmo número de carros amarelos. Esse sim seria, para a protagonista da história, a virada de sorte!<br /><br />O engraçado foi me ver hoje na seguinte situação: enquanto dirijo na Pompéia percebo ser o quarto veículo de uma fila de... três carros vermelhos. Comecei a rir, fingindo não dar importância ao “significado”! Mas não é que entro numa rua e cruzo com... três carros amarelos. Tudo bem que era uma rua por trás dos Correios, mas vale, claro!<br /><br />A resenha do bom “Cavala”, em breve no UOL.<br /></div></span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-90542926760095139262010-10-06T15:36:00.000-07:002010-10-06T15:39:28.845-07:00Foco, Marta<span style="font-family:verdana;">Depois de um fechamento absurdo, alguns golpes pessoais e uma TPM mortal, me resta Ana Cristina César.<br /><br /><a href="http://www.flickr.com/photos/uncolortv/4334876647/">http://www.flickr.com/photos/uncolortv/4334876647/</a></span><br /><span style="font-family:verdana;"><br />Vídeo roubado do blog donttouchmymoleskine.com<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"></span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-69543675162586907772010-10-06T13:30:00.000-07:002010-10-06T13:31:36.093-07:00Livro para ouvir<span style="font-family:verdana;">Não vivo sem música. Ponto. Não tem artista na minha família, mas lá em casa todo mundo é bamba. A gente não é de cantar ou tocar, mas é de dançar. Durante muito tempo levei a faculdade de jornalismo e as aulas de dança paralelas, sem saber se sairia jornalista ou bailarina. Fiz minha escolha, mas não parei de dançar. E hoje estar na plateia de um show bom ou numa pista fervendo são mais que prazeres, necessidades. Julia segue o mesmíssimo caminho.<br /><br />Dito isso explico o prazer que tive ao ler “Noturnos”, de Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras), tema da minha última resenha no UOL. O autor é um japonês que cresceu em Londres e que figura entre os grandes nomes da literatura desses dias, tendo na gaveta um “Booker Prize” por “Resíduos do Dia” (livro de 1989).<br /><br />Neste “Noturnos”, Ishiguro exercita uma linguagem mais leve, bem humorada e concisa. São cinco histórias curtas com a música como ponto comum. As referências musicais são deliciosas. Narrativa sem segredos, para ler sem peso, e com prazer, como uma boa música.<br /><br />Fica a dica – e oh!, nem tudo que eu leio, indico no blog. Muita coisa simplesmente não entra aqui. “Noturnos” vale!<br /><br />A resenha:<br /></span>http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/musica-humor-e-narrativa-concisa-estao-em-noturnos-de-kazuo-ishiguro.jhtmMartahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-60583741107712946172010-09-28T07:18:00.000-07:002010-09-28T07:26:44.906-07:00Notas de um fim de semana<span style="font-family:verdana;"><strong>Sobre individualismo</strong><br />A Julia está num momento muito, muito interessante. Como não leio livros que dividem infância por fases, não sei explicar muito bem, mas dizem que é a primeira adolescência do serzinho, agora com dois anos. O período é marcado por um “esse mundo é meu” sem limites. Tudo é dela, e só dela. Em alguns momentos, explico: “não filha, isso não é seu, é de todo mundo” – quando, por exemplo, ela começou a brigar porque a Tati disse que tinha um sobrinho chamado Caio e ela achou um absurdo, afinal Caio (no caso, o primo) é dela! Difícil explicar que existem dois, três, um milhão de Caios. Em outros momentos, eu me divirto e na real alimento esse individualismo. Se para ela é tão importante repetir que aquela revista rasgada é dela, por que não? Acho que se eu tivesse tido essas noções de individualismo na minha primeira adolescência, teria poupado um bocado de terapia.<br /></span><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGGz-eBUHuHFHh_7iU_o4fcxGNO3ArIu6xD2kwjxrzBrVxqL9eo6-5dCOHjbVZWrIl422JW4UFxT-8mFdbe3cwmPdRig3lphIMR6OWCzXJ2IogiJ_1MfeDyhOXnI6tAL8Yg2AX5d0omzs/s1600/gilvicente.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521969460554784194" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGGz-eBUHuHFHh_7iU_o4fcxGNO3ArIu6xD2kwjxrzBrVxqL9eo6-5dCOHjbVZWrIl422JW4UFxT-8mFdbe3cwmPdRig3lphIMR6OWCzXJ2IogiJ_1MfeDyhOXnI6tAL8Yg2AX5d0omzs/s200/gilvicente.jpg" /></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"> (Gil Vicente, "Inimigos")</span><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFaYorma-MiGoNouGPnRrBKNnh8Uk3xOO9LDvYdgWVfhUX66AkWcL4n9SOEIxUzhQiW_7ARiUguerty-0F1YEA3arvGOT1J2WbsgR91dbkIknAnfBGObx5mDguMMig9MDKpCBihC-_ec/s1600/nunoramos.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521969455897374466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFaYorma-MiGoNouGPnRrBKNnh8Uk3xOO9LDvYdgWVfhUX66AkWcL4n9SOEIxUzhQiW_7ARiUguerty-0F1YEA3arvGOT1J2WbsgR91dbkIknAnfBGObx5mDguMMig9MDKpCBihC-_ec/s200/nunoramos.jpg" /></a> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">(Nuno Ramos, "Bandeira Branca")</span><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqY9Tu-sbBoavOU9-VvCHas1xeRT9vDaXMAQa5BdwqskCaIqio0m_wZqZptDbxzrV5n7oJDKwYtswd_um2zAjcnOvj3kKo6ejVmMg3Qe6yYCqtyQADz6yLsaxxRYRwkULvy0FMeZc7Ak/s1600/juliaepalavras.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521969451467283010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqY9Tu-sbBoavOU9-VvCHas1xeRT9vDaXMAQa5BdwqskCaIqio0m_wZqZptDbxzrV5n7oJDKwYtswd_um2zAjcnOvj3kKo6ejVmMg3Qe6yYCqtyQADz6yLsaxxRYRwkULvy0FMeZc7Ak/s200/juliaepalavras.jpg" /></a> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">(Julia, "As Palavras e o Mundo", SESC Pompéia)</span><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><p><span style="font-family:verdana;"></span></p><p><span style="font-family:verdana;"></p><div><strong>Sobre dividir</strong><br />De vez em quando eu curto São Paulo como turista que sou. Devia fazer mais vezes porque é sempre muito bom e até me acalma. Divido a minha programação.</div><div><br />Começou sexta com showzinho no SESC Pompéia: festival Invasão Sueca, com Taken by Trees e Anna Von Hausswolff. Não conhecia nenhum dos dois e fui com a expectativa de um bom show, e nada mais. Foi mais que isso.<br />A primeira apresentação foi da pianista Anna Von Hausswolf, acompanhada só de bateria e uma guitarra. Lindo de morrer. Chorei da plateia, mas um choro feliz. Choro de quem se emociona com a descoberta do belo. Depois foi o Taken by Trees, nome do projeto da cantora Victoria Bergsman, gravado no Paquistão. Victoria ficou conhecida para mim porque canta uma das músicas que mais gosto esses dias, chamada “Young Folks”, fazendo vocal com Peter Bjorn and John. Ela tem uma presença estranha no palco, quase feia. Mas quando canta...<br />E fora que são todos fofos esses suecos. E o SESC Pompéia é um lugar que eu amo.<br /><br />No sábado, fui na Bienal. Podia falar aqui na aventura que foi presenciar a pichação na obra do Nuno Ramos, que colocou três urubus lá na sua “Bandeira Branca” e teve de ouvir poucas e boas dos ambientalistas. Particularmente acho que os urubus estão ótimos, que é uma experiência para eles também e a obra não me fere. Até gosto, para falar a verdade.<br />Mas enfim, prefiro contar do trabalho do Gil Vicente. Ouvi de um amigo que a série “Inimigos” soava para ele muita apelação, quase uma violência gratuita. Discordo.<br />Gil Vicente apresenta autorretratos matando Lula, FHC, a rainha Elizabeth, o papo Bento XVI, Kofi Annan, Eduardo Campos, George Bush, Ariel Shalon e Jarbas Vasconcelos. Claro que a imagem mais direta é essa mesma: o artista contra o sistema – uma visão que pode soar antiga, talvez extinta, mas que ainda assim eu acredito.<br />Mas gostei muito do artigo de Sérgio Telles, publicado no “Aliás” desse final de semana, em que levanta a teoria psicanalítica do assassinato do pai. Pelo seu ponto de vista, o que está retratado ali enquanto morte é a imagem do paternalismo, muito comumente explorada pelos líderes políticos. E não se trata de imagens de pais edipianos, cuja morte abre caminho para a quebra da moral, do estabelecido. Os assassinados pelo artista são os pais primitivos, que estão acima do poder, de onde se julgam os únicos capazes de proteger sua horda. Esse paternalismo me incomoda, por isso vejo o trabalho de Gil Vicente pela possibilidade de catarse, não como uma proposta panfletária.<br /><br />Por último, no domingo, levei Julia para ver “As Palavras e o Mundo”, no SESC Pompéia. Tinha contadora de histórias (a Ju ainda não tem paciência, e dessa vez saiu correndo no meio da apresentação!), cineminha, várias caixinhas com representações visuais de palavras, pescaria de palavras, estímulos sonoros para os usos das palavras – enfim, bem bacana para curtir com a minha pequena leitora.<br /><br /><strong>29 Bienal de São Paulo</strong>, até 12 de dezembro no Parque Ibirapuera.<br /><strong>As Palavras e o Mundo</strong>, até 17 de outubro no SESC Pompéia.<br /></div></span></div></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-16092610909356557812010-09-11T12:33:00.000-07:002010-09-11T12:37:15.382-07:00Woman as muse<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh60xFddlRjhKDvnqKXdLtQgM1yI3d8xPqFuPBzDN_in0XCMiq7CzDgriOMxzH0lZ2wvbfyq1B1K-quRPM3ch9mV2WxnviAOb3xA8GkEGTHVKatcSKd0O4VN3HB9Xp26SGzuA-H1UxKssM/s1600/wamanasmuse.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 148px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5515741849767913970" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh60xFddlRjhKDvnqKXdLtQgM1yI3d8xPqFuPBzDN_in0XCMiq7CzDgriOMxzH0lZ2wvbfyq1B1K-quRPM3ch9mV2WxnviAOb3xA8GkEGTHVKatcSKd0O4VN3HB9Xp26SGzuA-H1UxKssM/s200/wamanasmuse.jpg" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">(Dame Laura Knight, “Three Graces”)<br /><br />Das coisas inexplicáveis da minha vida, cheguei ontem da Grécia. Foram dez dias de programação intensa de trabalho, muita visita a vinhedo, degustação de vinho, fábrica de mel, produtor de feijões brancos gigantes, enfim, muita coisa deliciosa, mas pouco tempo para conhecer o país mesmo. Só um dia antes da volta, consegui entrar num museu, e não foi o de arqueologia! Decidi ir num museu privado, pequeno e meio escondido só pra ver essa exposição: “Woman as muse”, um apanhado sobre a mulher como inspiração na arte. E pensar em musas na Grécia foi cereja no bolo demais pra mim.<br />Na mitologia grega, eram nove as musas, todas filhas de Mnemosine e Zeus e associadas a uma inspiração: música, tragédia, comédia, eloqüência, poesia lírica, história e astronomia, dança e música sacra. Para cada uma das artes, a imagem de uma das musas. Foi com o Cristianismo que a mulher perdeu seu poder de deusa inspiradora, afinal inspiração vinha do céu. E o status de musa só volta, em novo conceito, é verdade, com o Renascimento, quando a arte se voltou ao estudo do corpo humano.<br />A exposição segue citando Dante Alighieri (1265-1321) e seu fascínio pela mulher normal, da rua, personificado em Beatrice Portinari. À sua musa, ele deve o impulso do seu primeiro soneto de amor, quanto tinha 16 anos.<br />Os artistas do século 19, em particular realistas, impressionistas e pós-impressionistas, se inspiraram nas mulheres do dia a dia. Degas buscou a mulher num café, a bailarina ensaiando. Gaugin não resistiu às nativas do Tahiti. Toulouse-Lautrec ficou obcecado por atrizes, cantoras, dançarinas. Algumas como Yvette Guilbert, ele seguiu por noites, assistindo o mesmo espetáculo milhão de vezes.<br />Os quadros, a maioria desenhos, são de 1900 a 1950 e de artistas europeus. Tem coisas ótimas de Salvador Dali, Henri Matisse, Henri de Toulouse-Lautrec e Picasso - cuja obra evolui, dizem, de acordo com a mulher que ele se relacionava na época.<br />Até dia 21 de novembro, no Herakleidon, ali em Atenas, Grécia.<br />http://www.herakleidon-art.gr<br /></div></span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-81081561435167020072010-08-25T20:31:00.000-07:002010-08-26T08:02:13.826-07:00Histórias de amor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvw06qfsY-_ZEGoav68hYkwnC-5R8bftaEK6LcOWzZvRKg9m5Exmr94_OAm0oGAZLpAUG0OnRU7mMCRrB-bW7qE6Ejj3f1deZETE-Bq5TqK8NBlHnMKuYnY2jGtcomBEJ_YkffXrMo0EQ/s1600/45221_150567681636177_100000488371341_415584_6291049_n.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509556746440814898" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvw06qfsY-_ZEGoav68hYkwnC-5R8bftaEK6LcOWzZvRKg9m5Exmr94_OAm0oGAZLpAUG0OnRU7mMCRrB-bW7qE6Ejj3f1deZETE-Bq5TqK8NBlHnMKuYnY2jGtcomBEJ_YkffXrMo0EQ/s200/45221_150567681636177_100000488371341_415584_6291049_n.jpg" /></a><span style="font-family:verdana;"> (Serginho e Érika, que casaram dia 21 de agosto - Foto mais que incrível da mais que incrível Dani Picoral)</span><br /><div><br /><span style="font-family:verdana;">Estou tomada de amor. Como se não bastasse o aniversário da Julia (dois anos nesta quinta, dia 26), fim de semana passado fui num casamento. Amo casamentos. Até aqueles todo organizadinhos, que só falta ter hora marcada para o público chorar, até esses eu gosto, e me emociono e me sinto preenchida de energia boa depois. Infelizmente, meus amigos não são dados a casar. E os que casam, demoram a celebrar. Fim de semana passado, festejamos um recém-nascido de seis anos. Foi demais. E esse casamento me fez pensar em histórias de amor, e cheguei à listinha abaixo. Livros de amor que qualquer romântico deveria ler ao menos uma vez na vida.<br /><br />“O Amante de Lady Chatterley”, D. H. Lawrence – Constance casa com um oficial inglês que volta da guerra inválido, numa cadeira de rodas. Ela aceita a castidade até conhecer Oliver, feio e rude, um homem forte como a natureza. Além de um livro de amor, é um livro deliciosamente erótico.<br /><br />“Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, Clarice Lispector – Esse livro é a própria materialização do amor. Se algum escritor conseguiu em vida se aproximar de uma definição de amor, foi Clarice e foi com esse livro. Sem mais.<br /><br />“Para Francisco”, Cris Guerra – Amor é muito pessoal, e esse livro fala diretamente comigo, embora suspeite que qualquer pessoa possa sentir o mesmo. O diário virtual de uma mãe tentando apresentar ao filho o pai morto antes do nascimento dele é amor puro e verdadeiro.<br /><br />“Cartas a D.”, de André Gorz – Li esse livro num momento inapropriado, e por isso mesmo foi catarse pura. O autor revê 54 anos de relacionamento com a esposa Dorine Keir, vítima de um erro médico que lhe causou uma doença grave.<br /><br />“Ninguém escreve ao coronel”, Gabriel García Márquez – O amor senil me emociona. Nesse livro, o coronel e sua esposa vivem a ansiedade da espera por uma correspondência que mudaria suas vidas. Esperam uma carta que anuncie uma recompensa do estado. Esperam pobres, passando fome. E ainda tem o galo de briga, a esperança viva entre eles. Que livro!<br /><br />Avalovara, Osman Lins – Encontros, perdas, ganhos, ausências. Avalovara expressa na própria construção narrativa a confusão que é o amor. O instável que é amar. Um dos livros da minha vida.<br /><br />Essa lista deve aumentar com o tempo porque minha memória tem delay. </span></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-31145440604185345992010-08-13T12:04:00.000-07:002010-08-13T12:05:52.490-07:00Medo da palavra<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjl6mDfwex5hsfInOHzDrnegvjxEpNUxs0h33XZ-23eeJa-rMIP1mx7-4YJKiUksInHB5dQpGxsilaVu8JBieG-7tGPtTQgKg_3e20kZckXCAtDmCm9T5j444GS9ls4xTclhJGYjy3Uc/s1600/drummond_poema.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 166px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504972651883613650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjl6mDfwex5hsfInOHzDrnegvjxEpNUxs0h33XZ-23eeJa-rMIP1mx7-4YJKiUksInHB5dQpGxsilaVu8JBieG-7tGPtTQgKg_3e20kZckXCAtDmCm9T5j444GS9ls4xTclhJGYjy3Uc/s200/drummond_poema.jpg" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;">Duas leituras recentes que eu gostei e recomendo: “Paisagem com Dromedário”, de Carola Saavedra (Companhia das Letras) e “O Caso Morel”, de Rubem Fonseca (reedição da Agir). Os dois estão nas estantes de lançamentos das melhores livrarias e valem levar para casa. Sobre as qualidades narrativas de cada um, vocês podem ler nas resenhas do UOL. Chamo atenção aqui para um ponto comum entre os textos: o medo da palavra permeando a narração.<br /><br />“O Caso Morel” foi o primeiro romance de Rubem Fonseca, lançado em 1973. Talvez eu tenha lido quando me preparava para o vestibular, lá atrás, mas não lembrava nada do enredo e reli como novidade. Paul Morel, personagem principal do livro, pensa que pode usar as palavras para exorcizar seus demônios – que não são poucos. Da cela onde está preso pelo suposto assassinato de uma socialite carioca, o artista plástico intransigente e dado à promiscuidade tenta escrever sua biografia. Entre lembranças e invenções, Morel repete como mantra seu medo da palavra.<br /><br />Em “Paisagem com Dromedário”, a personagem Érika se atormenta com compromisso de ser pela primeira vez na vida absolutamente verdadeira. Escolhe, ao invés da palavra escrita, a palavra falada para seu testamento sentimental. Usa um gravador para mostrar-se ao ex-namorado, enquanto vive um período de isolamento social numa ilha sem nome depois que uma tragédia muda para sempre sua vida afetiva. Não só sua voz, mas todos os sons ao seu redor contam sua história. A linguagem oral se torna, pelas mãos da autora, uma ferramenta de oposição à palavra escrita. O medo da palavra verbalizada é um assunto recorrente no livro, até que a personagem parece conseguir domá-la – numa relação muito clara com o processo narrativo.<br /><br />Também tenho medo da palavra. Sinto um misto de respeito e devoção porque conheço seu descontrole. E o que é escrever se não a tentativa sem fim de controlar a palavra?<br /><br />As resenhas de “O Caso Morel” e “Paisagem com Dromedário” estão no UOL.<br /><br />http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/</span></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-10081571019965208532010-08-11T15:23:00.000-07:002010-08-11T15:25:59.385-07:00Sobre estar só<span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Era um dia qualquer, mas agora eu podia escolher o caminho, conversar ou não, ler ou não, chorar ou não, sorrir talvez. E também podia tomar vinho no gargalo, andar descalça na lama, observar longamente as pessoas da mesa de um café depravado. Entrar no cinema e sair antes do filme acabar. Entrar no cinema e só sair quando passassem todos os créditos, só para ver quem canta aquela música. Podia dormir ao meio-dia, acordar às três da manhã. Virar amiga do desconhecido sentado ao meu lado no avião. Entrar e sair de uma festa sem conhecer ninguém. Caminhar por horas, e em círculos, só para exercitar as pernas. Ou pegar um táxi para atravessar um quarteirão. Podia me vestir para uma festa e ir só até a padaria. Podia deixar o telefone tocar e depois dizer que não ouvi. Escrever uma carta chorando e não enviá-la nunca. Pedir uma pizza gigante e comer só as azeitonas. Tomar coca-cola no café da manhã, antes de escovar os dentes. Podia dizer que meu nome é Maria. Podia inventar uma Maria para ser eu. E matá-la quando bem entendesse. Coisas bestas assim, como se sentir livre sem ser.<br /><br />Textinho inspirado neste vídeo lindo que me foi apresentado via Facebook da Renata Simões.</span><br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=k7X7sZzSXYsMartahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-8131852537914164642010-07-06T13:59:00.000-07:002010-07-06T14:01:41.240-07:00Uruguai de Benedetti<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXQP0ZI0UowZP1cE3gWlxStmBZPpYqjXqlHDeLGOU0gwJL8Noqc5X1pfOxmfZJvbtfK0l6_4ETKbfCBWHpFLhpDvtEmBnyjNoGgIWBLeCSh5OK6ZDRHftOtpxH3quqLmCArfUZeelGMEU/s1600/mariobenedetti.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 130px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5490901206810829650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXQP0ZI0UowZP1cE3gWlxStmBZPpYqjXqlHDeLGOU0gwJL8Noqc5X1pfOxmfZJvbtfK0l6_4ETKbfCBWHpFLhpDvtEmBnyjNoGgIWBLeCSh5OK6ZDRHftOtpxH3quqLmCArfUZeelGMEU/s200/mariobenedetti.jpg" /></a><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Queria que o Uruguai ganhasse por vários motivos: pela picanha uruguaia, pelo Lugano, pela força latina e, principalmente, por Mario Benedetti, poeta dos meus preferidos que morreu ano passado. Dele, um poema que eu nunca canso de ler:<br /><br />SOY MI HUESPED<br /><br />Soy mi huésped nocturno<br />en dosis mínimas<br />y uso la noche<br />para despojarme<br />de la modestia<br />y otras vanidades<br /><br />aspiro a ser tratado<br />sin los prejuicios<br />de la bienvenida<br />y con las cortesías<br />del silencio<br /><br />no colecciono padeceres<br />ni los sarcasmos<br />que hacen mella<br /><br />soy tan solo<br />mi huésped<br />y traigo una paloma<br />que no es prenda de paz<br />sino paloma<br />como huésped<br />estrictamente mío<br /><br />en la pizarra de la noche<br />trazo una línea<br />blanca<br /><br />(De La Vida ese Parentesis)</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-9129781478871364992010-06-23T10:40:00.000-07:002010-06-23T10:43:06.762-07:00Jazz band do Alê<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3moB7D38yR725a2I8GjkRuX61qHbLUDn-UpE_yjc83MntggNaDTGmEmsAIooXm7S2IEjY7gbYSD1hEzZcUkUpsGIbGuoz2H8f09qac1QJ0UskOpZBb-1VpEe6wyfdUwhvc6yaDW-WLUg/s1600/alestaut.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5486025930658730178" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3moB7D38yR725a2I8GjkRuX61qHbLUDn-UpE_yjc83MntggNaDTGmEmsAIooXm7S2IEjY7gbYSD1hEzZcUkUpsGIbGuoz2H8f09qac1QJ0UskOpZBb-1VpEe6wyfdUwhvc6yaDW-WLUg/s200/alestaut.jpg" /></a><br /><div><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;"></span></span></div><div><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Quanto mais eu cresço, mais amigos lançam livros. O da vez é o Alê, Alexandre Staut, uma das compensações boas que a vida me trouxe após a tempestade. A gente podia ter se conhecido no JT, mas parece que meses separaram a minha saída da chegada dele no jornal. Nos conhecemos bem depois, na hora certa. Lindo, inteligente, generoso, romântico, exagerado e agora escritor. Acaba de lançar “Jazz Band na Sala da Gente” (Toada Edições).</span></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Sobre o livro, vocês podem ler na resenha desta semana do UOL, cujo link vai a seguir. O que eu queria dar um salve aqui é a dedicação do Alê em fazer a coisa acontecer. Como conta na entrevista que se segue à resenha, ele mesmo bancou a edição do seu livro de estreia na ficção. Alê tentou algumas editoras, “sem apadrinhamentos”, mas na falta de uma resposta e com incentivo de figurões como Luiz Ruffato (que graças a N.S.Airfrance reapareceu na minha vida!), ele não desistiu e partiu para uma edição própria. Contou com o super talentoso Marcelo Katsuki (que faz parte do mesmo saco de batata de ouro do Alê!). Kats assina a capa do livro. O lançamento foi no Na Cozinha, restaurante de outro querido, o Carlinhos. E a distribuição, o próprio autor começou a fazer, livraria a livraria – imaginem!<br /></span></span></div><div><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Acho fantástico esse desejo em ser lido. Essa vontade corrida que não deixa esperar pelo tempo dos editores. Corajoso meu amigo. E, olha que boa notícia, não é que a resenha no UOL já deu resultado! Logo após a publicação, a Livraria Cultura procurou o Alê e fez uma compra. Disse que já tem gente procurando o livro.<br /></span></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">A resenha: </span><br /></span><a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/banda-de-jazz-no-interior-paulista-e-mote-de-livro-do-jornalista-alexandre-staut.jhtm">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/banda-de-jazz-no-interior-paulista-e-mote-de-livro-do-jornalista-alexandre-staut.jhtm</a></div><br /><div></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-27744229291985087042010-06-18T13:02:00.000-07:002010-06-18T13:03:12.565-07:00Dia triste<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Sem Saramago, fica faltando um pedaço.</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-25874161862354281092010-06-08T06:23:00.000-07:002010-06-08T06:47:53.726-07:00Pós férias<span style="font-family:Verdana;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgawgqFLGcSbN1apE7U_cTwdTU76ig_sj99mvtWEC2CrzlJrHZOX0Myb0HsOSkPaySZtdkU5QmLy0MjtMoUwVMLyJXMOe5AiUSbkSiuNsuHoUl1Ur1Y6KQBwATKuS9hpqpX8sl0Jv9RufU/s1600/IMG_4827.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480395220013089314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgawgqFLGcSbN1apE7U_cTwdTU76ig_sj99mvtWEC2CrzlJrHZOX0Myb0HsOSkPaySZtdkU5QmLy0MjtMoUwVMLyJXMOe5AiUSbkSiuNsuHoUl1Ur1Y6KQBwATKuS9hpqpX8sl0Jv9RufU/s200/IMG_4827.JPG" /></a><span style="font-family:arial;"> (Londres, maio de 2010)</span><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj96dngfB85zP8BVglqTphgIm-Kqo_GxDZWQDwtoK5gLuZWT2YbOxc62fDo2ptvv8GFnE5uR5JjA0rTqDB3GzlLDUcdNmBXCCGkxE4weNDK0AnKYDWJ41kiaRwGURpl0NRLIjSoFwf_TBw/s1600/DSC01657.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480395204783442146" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj96dngfB85zP8BVglqTphgIm-Kqo_GxDZWQDwtoK5gLuZWT2YbOxc62fDo2ptvv8GFnE5uR5JjA0rTqDB3GzlLDUcdNmBXCCGkxE4weNDK0AnKYDWJ41kiaRwGURpl0NRLIjSoFwf_TBw/s200/DSC01657.JPG" /></a><span style="font-family:arial;"> (Barcelona, maio de 2010)</span><br /><br /><div><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div><span style="font-family:verdana;">Três semanas de férias, um Coetzee e um Paul Auster depois, eis que me vejo no conforto da minha varanda ensolarada em São Paulo me sentindo uma completa deslocada. Não é novo, não é a primeira vez, mas quase esqueci o quanto tudo ao redor não faz sentido. Nessas férias, passei uma semana em cada cidade apaixonante do mundo: Barcelona, Londres e São Paulo. A cabeça ferve. Faltou Recife (em julho!) para completar a volta.<br /><br />Na primeira parte das férias, em Barcelona, li “Verão”, de J. M. Coetzee, que para ser sincera não é um grande livro. Engraçado escrever isso porque ao mesmo tempo é um grande livro, se comparado ao que se lança na mesma época. Tem um enredo incrível: é o rascunho da biografia póstuma do próprio autor. O material (entrevistas com pessoas próximas, apontamentos de Coetzee) é reunido por um biógrafo chamado Vincent. Genial.<br /><br />Mas a verdade é que à medida que a leitura avança, vai ficando chato. E não é a narrativa que piora – nisso, Coetzee não erraria. É a insistência em destruir sua imagem, num exercício de anulação que talvez Freud explique. Faz lembrar certos tipos que aparecem na revista de celebridades pedindo que não lhe fotografem. Sei lá. Talvez soe forçado. De tanto o autor apresentar ao seu Coetzee como um fracassado completo, periga o leitor concordar.<br /><br />Em Londres, não li uma linha de nada. Mas nos trajetos (e como é difícil se deslocar por aeroportos!) de ida e volta a Barça, comecei “Invisível”, de Paul Auster, que chegou chegando. Logo nas primeiras páginas, uma frase ficou gravada na minha cabeça repetida como mantra desde então: “Só porque uma coisa é improvável, não significa que não venha a acontecer”.<br /><br />O livro segue sem muitas outras frases de efeito, mas com uma narrativa tão bem emaranhada como teia. Parece que em “Invisível”, Paul Auster chega à reta final de uma trajetória de exercícios narrativos. É a apresentação de múltiplas perspectivas sob o mesmo enredo no nível de perfeição. Muito legal. Esse vale comprar. Já o “Verão”, pega emprestado do amigo, compra não.<br /><br />A última semana de férias foi em São Paulo – essa cidade que eu amo! -e sem leitura útil! Apenas abraçadinha a Jujuba, que é meu eixo.<br /><br />Ambos os livros, resenhas no UOL: </span></div><div><span style="font-family:Verdana;"></span></div><div></div></div><br /><a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/</a>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-1734953356409330902010-05-25T11:53:00.000-07:002010-05-25T11:54:38.745-07:00férias<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Fui ali pensar um pouco e volto já...</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-7870345010903432002010-04-17T20:14:00.000-07:002010-04-17T20:21:55.306-07:00II surround system<span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Eu escrevo você - E escrevo com trema, porque você é drama, ainda que démodé, ou que nem exista - Escrevo você com poucos adjetivos, porque você é discreto - Não evito clichês, como o poeta. Ao contrário, os inveto cem vezes e você os reiventa outras cem - Escrevo você criando relações entre muito distantes, porque você é incoerência, você é metáfora.</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-63166602389573624912010-04-13T14:11:00.000-07:002010-04-13T14:16:38.369-07:00Sobre a gente<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Li esse livro me vendo nele, e rindo disso, porque pareço ridícula em todos os trechos em que me vi. Também enxerguei alguns colegas da literatura, algumas figuras do mundo acadêmico, outros que não conheço pessoalmente, mas sei exatamente quem são.</span><br /><br /><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Sérgio Rodrigues, jornalista, crítico literário e blogueiro, escreve muito bem. Estabelece deliciosas relações entre o mundo dos leitores. São contos, mas também são críticas. E tudo é muito engraçado, de um humor desconcertante, principalmente se você, como eu, se sente parte da história.</span><br /><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Resenha no UOL:</span><br /><br /><a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/sobrescritos-consegue-unir-critica-literaria-otimo-exercicio-narrativo-e-mundo-pop.jhtm">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/sobrescritos-consegue-unir-critica-literaria-otimo-exercicio-narrativo-e-mundo-pop.jhtm</a>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-63473819029565861662010-04-06T15:05:00.000-07:002010-04-06T15:11:40.869-07:00Notas sobre Nietzsche X Heidegger<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6l8HxmwojtkLrpn3HvdHJ-gM8VifnlQbpRyedTcobpRQC11hG3ocZ89_dbEO37nrGR9tYc3nvSQas8NE9FsPACm2nA_fvIfBOrx8N9SRWM3b4HVS7FzV32QetUOyAOPC11nxHyG7SJCY/s1600/nomade.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 153px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457150270662523138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6l8HxmwojtkLrpn3HvdHJ-gM8VifnlQbpRyedTcobpRQC11hG3ocZ89_dbEO37nrGR9tYc3nvSQas8NE9FsPACm2nA_fvIfBOrx8N9SRWM3b4HVS7FzV32QetUOyAOPC11nxHyG7SJCY/s200/nomade.gif" /></a> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">(Imagem do blog cabecasafora.blogspot.com)</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Mês passado fiz um curso cabeçudo na Livraria da Vila: Nietzsche versus Heidegger, com a professora Regina Schöpke. Eram três aulas. Um respiro legal na vida corrida que teria sido perfeito se eu não tivesse esquecido de ir na última aula, só lembrando meia hora depois que ela já tinha terminado. Ridículo. Sei.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br />Enfim, de lá queria dividir uma conversa muito legal que tivemos (eu calada, claro) sobre dois modelos de organização do mundo muito diferentes, que até podem se cruzar, mas jamais se unem: o nômade e o sedentário.<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">No primeiro, o homem se constitui para ser nômade. Migra em nome de melhores condições e é aterrorizado pelas forças da natureza. Prefere fugir a enfrentá-las. Já o homem sedentarizado prefere a proteção do Estado, mesmo que isso signifique (e significa) abrir mão da liberdade. O sagrado e a religião têm suas bases no mundo sedentário.<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">O mundo sedentário é o de contenção de fluxos. Nada de paixões. Nada de instintos. Por isso, o medo da diferença e a aceitação da vigilância (não é só proteção, a gente sabe) do Estado. Sócrates é o marco desse pensamento. “A própria filosofia surgiu como requinte do mundo sedentário, mas com bases e aspirações nômades”, explica Regina. “A filosofia é uma arma de guerra nômade.”<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Nos dois mundos, o homem teme o acaso. A diferença é que o nômade o afirma, enquanto o sedentário o nega. O homem sedentário se ocupa em antecipar o presente, e sofre pelo porvir. O nômade não perde a noção do presente. “Viver intensamente é viver perigosamente”, escreveu Nietzsche, o mesmo que diz que “o homem é um animal que adoeceu”.<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tentar ser um sendo o outro é o começo do fim. E isso, ao menos para mim, explica muita coisa ai fora. </span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-19157556172239970042010-03-29T15:09:00.000-07:002010-03-29T15:15:55.512-07:00Delírio ou um livro bom<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Jornalista já está acostumado com isso, mesmo assim foi difícil escrever a resenha dessa semana do UOL. Motivo: o livro é muito bom! Sério, não me lembro de ter lido uma obra de estreia tão boa quanto “Lugar”, de Reni Adriano (editora Tinta Negra). Falar mal, criticar, apontar falhas... Tudo isso é muito fácil. Sei lá, jornalista já nasce com uma língua ferina, veneno na veia, instinto aguçado para ver o lado ruim da coisa. Não me queixo dessas minhas, digamos, qualidades. Por isso mesmo, fiquei muito insegura em escrever uma resenha de um grande livro sem uma fortuna crítica nas costas, como respaldo. Perguntava a mim mesma ao longo da leitura: “caramba, será que esse livro é isso tudo que estou enxergando?” É.<br /><br />O livro chegou até minhas mãos pelo Bruno, amigo querido que já me indicou outras coisas boas no passado. Adoro quando ele diz que tem um livro para mim, que viu e lembrou de mim, essas coisas. Adoro ganhar livros. Mas desse bateu um medinho.<br /><br />Livro de estréia de um moço desconhecido, sem precedentes nos jornais, nem nas revistas literárias. Dei um Google para ver o que descobria do Reni, mas a conversa com o Bruno foi mais esclarecedora. Sabia que o livro tinha vencido um prêmio literário em Minas (o que, convenhamos, nem sempre significa alguma coisa) e que o autor é um cara bem interessante, formado em filosofia, que cresceu na periferia de São Paulo sem se contaminar com a violência que levou alguns de seus amigos... E por ai vai.<br /><br />Pensei: lá vem mais um livro com a violência meio de deusa e que a gente, mortais da classe média, tem que ler com respeito, no mínimo. Chato.<br /><br />Não é nada disso. “Lugar” é um livro completamente original. Tem muito mais da memória de uma interiorana Minas Gerais (onde Reni morou até os sete anos) do que da São Paulo barulhenta e perigosa de hoje.<br /><br />Mas o que chamou minha atenção foi um incrível exercício narrativo. Um trabalho primoroso de quebra da palavra ao meio, pura inovação linguística. </span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Socorro: nasce uma estrela da literatura e eu estou aqui, assistindo tudo de camarote. </span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tenho mesmo muita sorte!<br /><br />A resenha, com direito a mini entrevista (com big respostas) do autor, em:<br /><a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/narrativa-totalmente-original-toma-conta-de-lugar-do-estreante-reni-adriano.jhtm">http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/narrativa-totalmente-original-toma-conta-de-lugar-do-estreante-reni-adriano.jhtm</a></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br />p.s.: Por favor, leiam! E depois me digam se tudo isso é um delírio meu. </span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-54664912718209061632010-03-11T13:27:00.000-08:002010-03-11T13:29:32.867-08:00Lobo Antunes<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">"Anoitece tão cedo em mim."</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-62752737161578061492010-03-04T17:24:00.000-08:002010-03-04T17:43:14.182-08:00Fevereiro russo<span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Não, não foi influenciada pelo meu inferno astral que escolhi o título desse post. É dediquei fevereiro aos autores russos nas minhas resenhas do UOL. E quem me deu essa ideia foi a carinhosa atendente da Livraria da Vila, da Vila mesmo, que não lembro o nome. Sempre fico ali rondando a mesa de lançamentos, escutando as conversas no café para ver que livro tem a cara do leitor do portal e dia desses ela me abordou. Perguntou o que eu fazia, expliquei, e ela me levou direto para esses dois lançamentos da Editora 34: “Gente Pobre”, de Dostoiévski; e "Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk", de Nikolai Leskov. Dois livros incríveis. Imperdíveis. “Gente Pobre” foi o primeiro livro de Dostoiévski , responsável pelo sucesso automático do escritor. É um romance epistolar, mas com ampla visão social. Lady Macbeth é um dos livros mais incríveis que eu li na minha vida. Relata a transformação de uma mulher “normal” numa assassina cruel, com uma história de paixão desmedida arrebatadora. Tipo imperdível.<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">As resenhas:<br />http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/romance-de-nikolai-leskov-expoe-a-transformacao-de-uma-mulher-comum-em-assassina.jhtm<br /><br />http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/gente-pobre-de-fiodor-dostoievski-inaugura-o-romance-social-russo.jhtm<br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">p.s.: o inferno astral acabou, já estou de volta! :D</span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-82455236294174494372010-02-26T10:54:00.000-08:002010-02-26T10:56:45.778-08:00Dica do Humberto<span style="font-family:verdana;">Quando o Humberto me dá alguma dica, eu anoto. Nunca falha. Esse link ele me passou hoje. Gente, o que é isso?<br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=4Zvgg7Mp49M<br /></span>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-55759075334126517382010-02-20T08:15:00.000-08:002010-02-20T08:23:46.285-08:00Carnaval da Julia<span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid_9Xny2pGE6QUPZG99622c_rzma7gDnO43H5tVR_X9i4-BbVv5NZ9vMMRIL-izIv0qRF3muTReZ7-a3P8dJs8KDJxGIC9Fk81AxvJ1JEh-ypyF2hp2ZMPC2CQ7LnruGx52ABbwF4F7ec/s1600-h/corrida.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440360960025813634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 133px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid_9Xny2pGE6QUPZG99622c_rzma7gDnO43H5tVR_X9i4-BbVv5NZ9vMMRIL-izIv0qRF3muTReZ7-a3P8dJs8KDJxGIC9Fk81AxvJ1JEh-ypyF2hp2ZMPC2CQ7LnruGx52ABbwF4F7ec/s200/corrida.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">(Ela adorou o bailinho, mas curtiu mais correr no campo de futebol)</span><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSgkFYDDe2AyOgSyaJhPJImKagdw_E_sGe-9adpUQrFmbiw41Osgf5ITI4ti0cAxTDG7PW3A5IRFv1De9sFMzWagmsphgVj_WzoeIHDVGoZsxZGP5w5f5o4Y1AAnpCM5FdVzIKmRWQjKw/s1600-h/borboleta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440360955990848850" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 133px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSgkFYDDe2AyOgSyaJhPJImKagdw_E_sGe-9adpUQrFmbiw41Osgf5ITI4ti0cAxTDG7PW3A5IRFv1De9sFMzWagmsphgVj_WzoeIHDVGoZsxZGP5w5f5o4Y1AAnpCM5FdVzIKmRWQjKw/s200/borboleta.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:85%;"><span style="font-family:verdana;">(No primeiro bailinho, asas de borboleta)</span></span></div><div><span style="font-size:85%;"><span style="font-family:Verdana;"></span><br /></span><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7x5SIILOg2p22Bpp5tGIYk8jjfbmKjqC5F_anUBhpLlQ_7AUbORxhrWRhtJFDAb_MxX3DCxAbY5L0YNY0E9E9s57k_oo3wpXuaHY9PiTAFHH5f-MXFk95rlbPEaAz-Xoro-O-msq34VI/s1600-h/24078_1220893610704_1479860412_30572737_4964284_n.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440360954298301826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 133px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7x5SIILOg2p22Bpp5tGIYk8jjfbmKjqC5F_anUBhpLlQ_7AUbORxhrWRhtJFDAb_MxX3DCxAbY5L0YNY0E9E9s57k_oo3wpXuaHY9PiTAFHH5f-MXFk95rlbPEaAz-Xoro-O-msq34VI/s200/24078_1220893610704_1479860412_30572737_4964284_n.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcJAcdD247MfcNJL__JMqajYqvzOPKecmF2z9KDSHo18HgZukwb18IDlWajOh1LuVvzBy4lW0eDi4GIL7H_6zFLRv10CmFUJS8jIagDwWtQUlV0vbmB77pYTlUidXW4S7N9-W4WCiYoR0/s1600-h/havaiana.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440360950260745570" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 133px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcJAcdD247MfcNJL__JMqajYqvzOPKecmF2z9KDSHo18HgZukwb18IDlWajOh1LuVvzBy4lW0eDi4GIL7H_6zFLRv10CmFUJS8jIagDwWtQUlV0vbmB77pYTlUidXW4S7N9-W4WCiYoR0/s200/havaiana.jpg" border="0" /></a></div><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">(A primeira fantasia, de havaiana (feita pela vó Sílvia), no dia do caruru do Carlos Ribeiro na casa da Beta)</span></div><div><br /><div><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Foi uma folia danada em São Paulo. Parece que metade da cidade resolveu ficar por aqui - e justamente a metade mais legal! Teve bloco, festinhas ótimas, samba e Julia sendo batizada por momo. Cultura carnavalesca 100% lá em casa! Teve confete no chão da sala nos quatro dias. E o primeiro bailinho dela que será lembrado para sempre.</span></div><br /><br /><br /><br /><div><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;"></span></div><br /><br /><br /><br /><div></div></div></div></div>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4893865005288484122.post-57213481490080256202010-02-12T07:20:00.000-08:002010-02-12T07:28:55.142-08:00Que guay!<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Uma historinha engraçada: quando morei na Espanha, entre 2001 e 2002, aprendi uma palavra que adorei. "Guay". Semprei usei no lugar "legal", "bacana" ou alguma coisa nessa linha. Guay para tudo: gente, sensações, lugares, coisas. Digamos que eu adotei essa palavra, assim como adotei "meu" do paulistano (amo!). Não sei bem onde e como aprendi. Com os amigos não foram, já que no ano passado descobri que ela soa meio estranha dita por mim. Quem disse isso foi minha alterego catalana Marta. Ela quis dizer que "guay" é uma palavra muito infantil, que só criança diz na Espanha e tal. Que pena. Mas nem por isso deixei de usá-la (eu gosto e pronto). Hoje recebi um link dela maravilhoso, com um texto sobre a etimologia do "guay". E ler me fez gostar mais ainda!</span><br /><p><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;">Para quem tiver curiosidade:</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><a href="http://etimologias.dechile.net/?guay">http://etimologias.dechile.net/?guay</a></span> </p>Martahttp://www.blogger.com/profile/04320455960534084564noreply@blogger.com3