Estou tomada de amor. Como se não bastasse o aniversário da Julia (dois anos nesta quinta, dia 26), fim de semana passado fui num casamento. Amo casamentos. Até aqueles todo organizadinhos, que só falta ter hora marcada para o público chorar, até esses eu gosto, e me emociono e me sinto preenchida de energia boa depois. Infelizmente, meus amigos não são dados a casar. E os que casam, demoram a celebrar. Fim de semana passado, festejamos um recém-nascido de seis anos. Foi demais. E esse casamento me fez pensar em histórias de amor, e cheguei à listinha abaixo. Livros de amor que qualquer romântico deveria ler ao menos uma vez na vida.
“O Amante de Lady Chatterley”, D. H. Lawrence – Constance casa com um oficial inglês que volta da guerra inválido, numa cadeira de rodas. Ela aceita a castidade até conhecer Oliver, feio e rude, um homem forte como a natureza. Além de um livro de amor, é um livro deliciosamente erótico.
“Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, Clarice Lispector – Esse livro é a própria materialização do amor. Se algum escritor conseguiu em vida se aproximar de uma definição de amor, foi Clarice e foi com esse livro. Sem mais.
“Para Francisco”, Cris Guerra – Amor é muito pessoal, e esse livro fala diretamente comigo, embora suspeite que qualquer pessoa possa sentir o mesmo. O diário virtual de uma mãe tentando apresentar ao filho o pai morto antes do nascimento dele é amor puro e verdadeiro.
“Cartas a D.”, de André Gorz – Li esse livro num momento inapropriado, e por isso mesmo foi catarse pura. O autor revê 54 anos de relacionamento com a esposa Dorine Keir, vítima de um erro médico que lhe causou uma doença grave.
“Ninguém escreve ao coronel”, Gabriel García Márquez – O amor senil me emociona. Nesse livro, o coronel e sua esposa vivem a ansiedade da espera por uma correspondência que mudaria suas vidas. Esperam uma carta que anuncie uma recompensa do estado. Esperam pobres, passando fome. E ainda tem o galo de briga, a esperança viva entre eles. Que livro!
Avalovara, Osman Lins – Encontros, perdas, ganhos, ausências. Avalovara expressa na própria construção narrativa a confusão que é o amor. O instável que é amar. Um dos livros da minha vida.
Essa lista deve aumentar com o tempo porque minha memória tem delay.
2 comentários:
Então, do Garcia Marques tem também o Amor nos Tempos do Cólera...
Ó, da o crédito da foto, né?
Crédito feito, amoreco! Sorry. Essa foto é ma-ra-vi-lho-sa!
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