A primeira reação ao me ver ante “O Resto é Ruído”, livro de Alex Ross lançado pela Companhia das Letras, foi de medo. Quase 700 páginas sobre música clássica? Será? Confesso, não faço parte do grupo de apaixonados por esse estilo musical (“arte dos mortos”, diriam), embora me sinta sensível suficiente para identificar a beleza de uma peça de Strauss. Mas explicar o século XX pela música clássica me pareceu, num primeiro momento, forçado demais. Não é.
Crítico da New Yorker, Alex Ross tem em seu favor um incrível talento para apuração. Ele foi fundo e soube organizar muito bem a defesa de sua tese: a de que, em que pese a diminuição progressiva de público de 1900 para cá, a música clássica nunca esteve apartada da sociedade. Ao contrário, em muitos momentos chegou a antever fatos políticos e culturais.
Instigante, não?
Então, para os que não se assustam com calhamaços, uma boa leitura:
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/2009/04/26/ult5668u91.jhtm
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